Semana passada acabei de ler o livro "Barriga de Trigo" do autor William Davis e entre tantas passagens interessantes o capítulo intitulado "Abandonando o ácido: o trigo como o grande perturbador do pH" foi o que mais me chamou atenção. Nesses últimos meses tenho me interessado muito pelos efeitos que a combinação de alimentos podem fazer pelo nosso corpo (para melhor ou para pior).
O texto a seguir não é dele, mas resume a ideia principal.
"Para se manter vivo o organismo humano tem que ser capaz de manter constante o valor do seu pH sanguíneo, que ronda os 7.365. Em condições ideias, o nosso organismo tem esta capacidade e mantem o pH do corpo em valores aceitáveis. O problema surge quando as fontes de acidez do organismo, ultrapassam a nossa capacidade de manter o pH num valor saudável.
Nos processos metabólicos normais da vida das células, estas produzem ácidos que são, constantemente, eliminados para o espaço entre as células, nos tecidos. Daqui passam para a corrente sanguínea que, rapidamente, os expulsa do organismo, essencialmente, através da urina.
Se a quantidade de ácido produzido se torna demasiado elevada, colocando em risco a manutenção do valor de pH sanguíneo, o organismo activa os seus mecanismos de compensação. O mais eficiente deles é “ir buscar” o cálcio aos ossos. O cálcio tem a capacidade de alcalinizar o sangue.
O envelhecimento, o stress, a atividade física intensa, algumas doenças agudas e crônicas, o tabagismo e a poluição ambiental aumentam a produção de ácido pelas células.
A desidratação, a ingestão de água ácida e de alimentos acidificantes – açúcar, café, álcool, refrigerantes e carne – agravam ainda mais a acidificação do organismo.
Um organismo acidificado é obrigado a um constante esforço adicional para manter estável o seu pH sanguíneo. Está em sofrimento, as células têm dificuldade em desempenhar as suas funções e nos tecidos não há uma drenagem eficiente.
Um organismo cronicamente acidificado tem um desempenho físico e mental deficiente.
A pessoa sente-se desvitalizada, com falta de energia, fadiga fácil, menor resistência muscular, menor adaptação ao stress e baixa da capacidade mental.
A acidificação crônica do organismo favorece o aumento de peso, as dores musculares e articulares, a osteoporose, o stress oxidativo, as doenças degenerativas e oncológicas e acelera os processos de envelhecimento.
A medição do pH da urina do meio da manhã indica o estado do equilíbrio ácido-base do organismo. Esse pH deve situar-se entre 7 e 7,5.
A alimentação é uma das formas que está ao nosso alcance para alterar o pH no sentido da alcalinidade."
Fonte: http://cristinasales.pt/Nutri-Conceito/Texts/Text.aspx?PageID=651&MVID=1000835
Entendeu porque não é simplesmente comer "frango, ovo e batata doce"? Ou porque nem o refrigerante zero e nem o suco light são boas opções, por mais que não tenham calorias?
Deixar o organismo ácido faz parte da vida. Estresse, poluição, agrotóxicos, proteína animal, farináceos... mas felizmente, também temos inúmeras opções para melhorar o pH. Legumes, frutas, temperos naturais (açafrão, alho, gengibre, orégano, cardamomo e tantos outros), umeboshi, goji berry, chá, suco verde, limão... experimente, sinta seu corpo e veja quais opções são melhores para você, afinal, não é porque um alimento é saudável, que necessariamente fará bem para qualquer um. Converse com seu nutricionista.
Para saber mais:
- http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/08/dieta-do-btrigob.html (matéria sobre o livro "Barriga de Trigo" na revista Época)
- http://prisciladiciero.com.br/blog/agua-ph (sobre o pH da água)